A tigela desbeiçada à beira do caminho, num resto de despacho – encruzilhada de alguma esperança – faz lembrar alguém, há tanto tempo, batendo um bolo para o lanche; um bolo batido à mão, colher de pau, os ingredientes honestamente espalhados na bancada da cozinha antiga, de chão revestido de ladrilhos hidráulicos bem gastos.
No meio da cozinha o lanche é uma festa, crianças sorrindo em volta da cesta de pãezinhos quentes, dourados, o café acabado de passar no bule esmaltado de azul, o bolo no centro da toalha muito alva, verdadeiro milagre, que chega a ser luminosa de tão branca. E ainda nem existia o sabão em pó.
Presente da Nade, do blog Orgulho de Ser.
Obrigada, querida.
Vou repassar esse simpático selinho aos amigos que visitarem o Umbigo, com todo carinho e um beijo pra cada um.
22 comentários:
Oi Adelaide.
Estranhos os caminhos que comandam as nossas emoções; uma tigela abandonada em uma encruzilhada produziu uma madaleine com mel e limão. Sorrindo, Marcel te manda lembranças lá do Céu dos Escritores.
Um beijo.
Adelaide,
delicado e mágico. A descrição perfeita, parece se ver as imagens mencionadas. Muito pueril!
Beijinhos
Que delícia!
Bastante saudosista!
Obrigada pelo carinho, viu...
Bj grande e um excelente fim de semana!
Quanta elegância e delicadeza na composição de teu blogue. Vir aqui é um deleite para os olhos, para a alma. Encantado com tudo, sempre que aqui venho.
Abraçamigo e fraterno.
Oi, Adelaide,
Tua descrição me reportou à infância.Texto delicioso , igual ao café servido com pãezinhos dourados.
Beijo, linda.
Descrição delicada!
Beijos
Nossa, Jens, fiquei toda arrepiada =O- Valeu!
Um beijo
Obrigada, Beti! Você é uma linda.
Beijo.
Carinho é bom e você merece, Nade ;B
Beijins.
Eurico, eu é que me encanto com teus comentários. Beijo e uma ótima semana.
Cris, minha flor, fico feliz de te alegrar. Beijo beijo
Com esse nome sugestivo, você é sempre bem-vinda, FLor. Beijos.
Tudo sempre tão lindo e delicado por aqui! Saudades, querida amiga Adelaide. Passo para deixar um beijo pintado em tua alma e abraços alados azuis!
Nossa que lanche mais gostoso! Me lembrou os tempos de criança...em que lambia a tigela de bolo...rs
bjss
Ana, meu anjo azul, obrigada :)
Beijo diáfano pra você.
É essa a ideia, Vanessa. Eu também fazia isso, e acho que toda criança espera esse momento.
Beijo!
Gostei tanto do seu fluxo de consciência... Até entrei num meu.
Beijos!
Então vamos aproveitar pra dançar, King :D
Beijins.
Querida amiga! Um flash de lembrança, à la Proust, mesmo, como disse Jens. Um quase "nada" traz um mundo acabado e cheio de delicados cheiros, sabores e sons...Amei seu texto denso de emoção, prá mim que sou uma eterna saudosista!
Beijos, beijos.
Dora
Dora, minha flor, saudade de você.
Beijo beijo.
Que beleza de conto, Adelaide. Eu tenho enorme admiração por quem escreve assim, de forma concisa. Eu sou muito verborrágico. Preciso de pentear muito um texto para deixá-lo enxuto. E você vai e conta uma história sem início e sem fim (delicioso estilo do qual Harold Pinter era um mestre), que deixa na cabeça da gente as pistas certas para construirmos o tal início e fim. Excelente!
Sobre esse negócio de Twitter, ainda não entrei nessa febre. Sou muito reticente para essas coisas. E como ainda ando com muito pouco tempo, ainda por cima...
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida..
Gentileza sua, Marco. Fico contente de você gostar desses textos, porque sua opinião é bem abalizada.
Beijo e até já!
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