No sábado passado, foi inaugurado risco, a página mensal de poesia
do Prosa e Verso, suplemento literário do jornal O Globo. A página, editada
pelo poeta Carlito Azevedo, fala de e por meio de poesia, apresentando poetas
novos da terrinha e poetas de outras plagas.
“Microcâmeras do espírito”, o texto de abertura, foi uma
linda sacada do poeta. Só pra dar uma ideia:
“Aí estão as câmeras de segurança, detectoras de movimento,
aí estão os rastreadores, aí estão os celulares espiões com microtransmissores
para escuta ambiente. Tudo para nos proteger do outro, da vida do lado de fora
da pele, sem que isso implique, contudo, num cresciemnto da vida interior. E aí
estão também os que gritam que a vida não pode ser só isso, que o presente deve
ser mais rico de aventuras e experiências, que viver não pode ser apenas ‘sobreviver
a uma criança morta’, como dizia Jean Genet. E esses, ao que parece, nunca
desaparecem. Eles estão sempre aí, chamem-se Rimbaud ou García Lorca, Fernando
Pessoa ou Sylvia Plath, João Cabral ou Allen Ginsberg. [...] Esta página onde
se vai ler poesia pretende ser uma transparência através da qual se possa ver o
mundo, para além das câmeras de segurança, rastrear as idas e vindas do
espírito humano numa época rica e turbulenta, partícula acelerada de sonho e
mundo real.”
10 comentários:
E bota real nisso..
Bjs
...dá boa poesia, Olavo.
Bj
Puxa, excelente apresentação, Adelaide. Deu vontade de ler.
Beijo.
Por que não, Jens?
Beijo.
Uma conquista e tanto para o suplemento, que (aqui entre nós) andava bem caidinho...
Beijo
César
Olá, amiga Adelaide.
Eu já tinha visto essa coluna no Prosa e verso e passei os olhos nela. Muito interessante. E muito sagaz.
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Marco querido, você vai gostar de lê-lo todo mês.
Beijo beijo
Grande aquisição do Globo. Há algum tempo mudei de jornal, mas é bom saber que Carlito Azevedo está no suplemento dos sábados, ele sempre vale a pena.
Abraço e beijo de
Enylton e Célia
Devidamente de acordo, meninos. Quem sabe o Globo começou a acordar de seu sono consumista e vazio?
Beijos mil.
Postar um comentário