segunda-feira

As peças do jogo




Até os dois anos de idade, os quebra-cabeças precisam ser extremamente simples – umas poucas peças quadradas ou triangulares, formatos e tamanhos iguais – porque o objetivo do jogo é ajudar a criança a identificar partes de uma imagem e aprender a reconstruí-la. Uma brincadeira elementar, um aprendizado indispensável para a percepção.
À medida que a criança cresce, o formato das peças se diversifica até atingir a complexidade de um quebra-cabeças de cem, quinhentas ou mais de mil peças, dessas que formam quadros decorativos e levam às vezes mais de ano para se completarem.
Por analogia, aqui se encaixam os membros de uma obra coletiva, desde a construção de uma cabana até a de uma nação. A diferença decisiva entre o puzzle e a equipe humana – que bom – é o imprevisível que nos ilumina, numa atividade livre em que pessoas diferentes se reúnem, tendo em comum o desejo de dar o melhor de si.

2 comentários:

Jens disse...

Oi Adelaide.
Quebra-cabeças são complicados. Tanto os que delineiam uma trajetória pessoal, como, pior ainda, os que formam civilizações. As peças estão em constante mutação. Mas, ainda bem, o ser humano é persistente.

Beijo e boa semana para você.

dade amorim disse...

Sou fissurada num quebra-cabeças, Jens.
Beijo pra você.