Passa uma borboleta por diante de mim
e pela primeira vez no universo eu reparo
que as borboletas não tem cor nem movimento,
assim como as flores não tem perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
no movimento da borboleta o movimento é que se move.
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta, e a flor, apenas flor.
Alberto Caeiro
10 comentários:
Adoro esse jeito paradoxal de Caeiro, que valoriza o ver em detrimento do pensar e nos faz refletir o tempo todo.
Beijos
Dade,
Esse foi o primeiro poema de Pessoa que li. Até hoje é um dos poemas de que mais gosto.
Beijos,
Carol
Poesia é mesmo reflexão, ainda que em formas diferentes.
Valeu, Maria Teresa.
Beijo grande.
Você começou muito bem,Carol.
Sou fã de FP e todos os seus nomes.
Beijo.
Os poemas de Fernando Pessoa, nos seus diferentes heterónimos, são aparentemente simples, mas sempre profundos.
Este é exemplo disso mesmo.
Parabéns pela escolha, querida amiga.
Um beijo.
Que bom que tenha gostado, Nilson./
Beijo.
Dade, não sou poeta, mas vou rimar, com saudade! Anda sumida, não? =) Mas tinha que vir te deixar um beijo pelo seu aniversário. Saúde e FeliciDADE!!!
Obrigada mesmo, Nanda. Não estou propriamente sumida, só forçadamente afastada do pc.
Beijo.
OLA DADE, COMO VAI? LINDO TEU BLOG E TUAS ESCOLHAS. POESIA É VICIANTE MESMO, NÃO?!
Se é, Tata!
Beijins
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