segunda-feira

A teoria do macaco ao infinito


Para o senso comum, quem se ocupa desse tipo de notícia e ainda por cima entra em minúcias e dados, como datas e referências midiáticas, simplesmente não tem mais o que fazer.

É um exercício de lógica, de qualquer maneira, e sempre se justifica pelos precedentes, que incluem desde Aristóteles até pesquisadores do início do século XX. Sem falar no interesse das pessoas em geral pelas possibilidades desses primatas, sempre ligados à teroria da evolução.

E se nada disso puder ser levado a sério, fica o lado curioso e engraçado da coisa.


Diretamente da Wikipédia, num texto datado de 25 de julho de 2009, leiam só:

“O teorema do macaco infinito afirma que um macaco digitando teclas ao acaso numa máquina de escrever por um tempo infinito, quase certamente chegará a datilografar algum texto, tipo as obras completas de William Shakespeare.

Nesse contexto, 'quase certamente' é um termo matemático de significado preciso, e 'macaco' não se refere a um macaco real, mas uma metáfora para um dispositivo que produza uma sequência casual de letras ad infinitum. O teorema ilustra os perigos do raciocínio sobre a infinitude, imaginando um número vasto mas finito, e vice-versa. A probabilidade de um macaco datilografar uma obra completa como o Hamlet de Shakespeare é tão tênue, que a chance de que isso ocorra durante um lapso de tempo da ordem da idade do universo é minúscula, mas não igual a zero.

 As variantes do teorema incluem múltiplos e até um número infinito de datilógrafos, e a meta varia entre uma biblioteca inteira e uma única frase. A história dessas asserções vem desde Sobre geração e corrupção, de Aristóteles, e De natura deorum, de Cícero, passando por Blaise Pascal e Jonathan Swift, e chegando finalmente às afirmativas modernas sobre os datilógrafos. No início do século XX, Émile Borel e Arthur Eddington usaram o teoria para ilustrar as escalas de tempo implícitas nos fundamentos mecânicos da estatística. Vários apologistas cristãos, por um lado, e Richard Dawkins, por outro, têm questionado a propriedade de se usarem os macacos como metáfora da evolução.






O interesse popular pelos macacos datilógrafos é sustentado por seu frequente aparecimento em literatura, televisão, rádio, música e na Internet. Em 2003, realizou-se uma experiência utilizando seis macacos de crista, da ilha indonésia de Celebes. Sua contribuição literária consistiu de cinco páginas em que se repetia inúmeras vezes a letra S.

A respeito do experimento, disse a BBC News, em 9 de maio de 2003: ‘Não há palavras que descrevam o caso dos macacos’.”


Nada mais verdadeiro: nada a declarar. O que não impede que se continue falando do assunto e, assim que alguma pesquisa ou teoria levantar uma pontinha sobre o tema, voltarão a aparecer textos e hipóteses novos ou requentados. Nada a declarar - por enquanto.







9 comentários:

Anônimo disse...

E o que não é possível neste mundo maluco? :P

Beijo, menina.
AnaG

dade amorim disse...

Ana, os possíveis vão desde o engendrado pela razão até uma infinidade de fantasias que as pessoas conseguem realizar.

Beijo, querida Ana.

Jens disse...

Macacos me mordam, Adelaide!
É por isto que eu escrevo a mão, a exemplo de Hemingway que por sua vez seguia o exemplo do bardo inglês. Aliás, Hem, reconhecendo seus limites, dizia que ninguém nunca o pegaria no ringue com mr. Tolstói. Eu, mais modesto, declaro que não tenho a mínima intenção de um dia subir ao tablado para trocar golpes literários com o Macaco Tião. Na eventualide de um dia isto acontecer, aviso desde já: vou bater abaixo da cintura. O pessoal da PETA que me desculpe, mas consciência ecológica politicamente correta tem hora. Façam-me o favor!
(Pensando bem, considerando certas coisas que leio por aí, acho que já há símios, da família dos bugios, ocupando cargos de relevância nas redações de alguns orgãos da grande imprensa. Como se sabe, os bugios quando em guerra fazem uso de uma munição peculiar...).

Beijo pra você.
(Tô voltando mais abusado do que nunca. Acabei de redigir a última matéria do jornal - uma semana de escrita bem comportada!)

dade amorim disse...

Concordo com você, Jens. Aliás, uma ideia de mestre seria nomear um macaco de aspecto respeitável para uma secretaria de governo. Um primata desses talvez facilitasse as manobras manjadas como propinas e licitações fajutas sem se comprometer.

Beijo!

Nanda disse...

Dade, vou comentar o comentário...rs - Olha, se duvidar, um macaco numa secretaria de governo roubaria bem menos e faria um trabalho mais decente...rs - Beijos!

dade amorim disse...

Apoiado, Nanda>
A gente podia começar a campanha.

Beijo beijo.

Anônimo disse...

Que é que temde errado nos macacos preferirem a letra s? Cada um escolhe a letra que prefere, isso é um atentado à liberdade dos bichinhos rsrsrs

Besito
Kelly

dade amorim disse...

Pois é, Kelly querida, eles têm direito a preferências e podem até escrever um bom texto, quem sabe?

Bom Natal, bom ano novo e tudo de bom pra 2010.

Anônimo disse...

Este texto é o perfeito exemplo do que macacos datilógrafos podem criar ao longo do infinito!
Acende a luz, Jesus.