Olhou para fora e viu as
vitrines de todos os dias em seus lugares de sempre. Entendeu que as coisas
reais têm um modo próprio e secreto de ser que não entenderemos nunca e que
nada tem a ver com o que nos parece, embora sempre nos pareçam de algum modo
diferentes a cada vez que as vemos e experimentamos. E que talvez seja melhor
conceder um pouco mais ao que está do lado de lá para sentir-se menos
responsável ou menos ferida, mais liberta, capaz de ver e sentir com alguma
isenção. Porque já chega ter que conviver com a rotina e o desencanto das
lembranças, e ter que existir como uma corola que teima em não se fechar e fica
recebendo o mundo no coração.
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2 comentários:
Um texto lindo, como costumam ser os seus, e um vídeo que me amarra.
Beijos!
Também sou eterna fã desses quatro.
Beijão, Kelly
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