Imagem sem menção de autor.
Dentro da velha casa de bonecas
minha predileta está meio desconjuntada
braços de pano pendentes
cara de nada absoluto.
Bobagem ou contradição em termos
não pode ser o nada absoluto
se ainda é uma boneca
mesmo quase desfeita
mas penso
:
parte dela virou pó
não é mais a boneca que foi
porque começa a navegar no nada.
Triste e um pouco assustada
olho o espelhinho da casa e percebo que
o nada absoluto está em meu rosto também.
4 comentários:
Dade:
Esse poema me lembrou aquele do elefante do Drummond, você o conhece?
Acredito que as coisas se impregnam de nós e nós das coisas, como se não houvesse possibilidade de não deixar marcas, lembranças, saudade...
Bjo
É exatamente assim, Maria Teresa, embora a exatidão não seja a medida da realidade.
Beijo
obrigada pela visita
gostei daqui também
adoro bonecas
abraços.
Dani, resposta atrasada, mas sincera: muito bom ver você aqui!
Beijo.
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