Desenho de José Edurdo Mendonça
Essa novela Guerra dos Sexos (que nem é das melhores, apesar dos ótimos atores), me fez lembrar um
romance de Camilo Penna e um conto de Julio Cortázar. Ambos têm em comum a forte
presença de uma tensão que estamos habituados a detectar no dia-a-dia das
sociedades humanas de todos os tempos.
Além
da mera separação genérica homem/mulher, este recorte sobre os dois textos
mostra muito do tema que tem motivado inquietação e debates durante séculos,
recrudesceu recentemente nas sociedades ocidentais e começa a motivar diálogos
difíceis também no Oriente: objetividade fria X sensibilidade aguçada para os
fatos e os acontecimentos – entendendo por fato o dado bruto da realidade e por
acontecimento o fenômeno tomado segundo seu tempo, as circunstâncias e o modo pelos
quais os fatos se consumam e repercutem individual ou coletivamente.
Uma
das formas visíveis e mais provocativas dessa tensão é o conflito masculino versus feminino, presente no mundo dos
homens desde sempre. Mas talvez esse conflito por si mesmo não passe de uma
redução do fato social que se manifesta em fenômenos como as guerras e invasões,
a segregação, a violência urbana e as opressões de todos os tipos que se podem
englobar sob a égide da “lei do mais forte” ou “lei da selva”.
As formas sob as
quais se apresentam, as características desse conflito e suas consequências são
impossíveis de esgotar; podemos captar sua presença por indícios e sinais que
no entanto variam e se modificam de uma para outra época e em cada caso
isolado.
2 comentários:
Particularmente me cansei desse debate e nostalgicamente acessei a novela quando começou e vez ou outra coloco no canal, mas não dá. Acho até infantil, um retrocesso mostrar tantas "briguinhas", mas que existem, existem... mas não devemos alimentar. Beijus,
Tem razão, Luma - não devemos alimentar essas briguinhas.
Bj
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