Em sua coluna no Segundo Caderno de O Globo, hoje, José Miguel Wisnik fala
do encontro de Marina Silva com gente da área cultural em São Paulo. Os
comentários versam sobre o que se disse, no dia seguinte, sobre o encontro no
site da UOL.
Wisnik, que admiro há muito tempo
como uma das cabeças mais lúcidas e dignas de respeito entre os pensadores de
agora, faz uma crônica moderada e bem articulada. Lida com atenção, no entanto,
percebe-se em seu texto uma crítica, quase uma denúncia, sobre a
superficialidade que informa quase todos os textos do tipo. Crítica, porque as
opiniões emitidas partem de premissas impensadas, possivelmente comprometidas
com posições prévias que impedem uma visão imparcial da questão em pauta. E denúncia porque, em jornalismo, não se pode
abrir mão de alguma isenção, mesmo que o autor do texto pertença a outra
vertente ideológica ou partidária.
Mais especificamente, ele alude a uma
confusão que se estabelece entre a religião de Marina, com as convicções pessoais
daí decorrentes, e sua capacidade de ver claro o lugar das diferenças na
sociedade. Não é justo dizer que Marina “nem pode ouvir falar” em questões como
o casamento gay e a legalização do aborto e das drogas. Diz Wisnik: “A
capacidade de fazer essas distinções com clareza é, aliás, uma das coisas que
mais me chamam a atenção no discurso dela”.
Inteiramente de acordo. Se Marina
fosse uma fanática, nem me passaria pela cabeça votar nela. Não é. Marina sabe o
que está dizendo e sabe também ser muito objetiva quando se posiciona diante
das questões sociais.
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Lenine canta 'Paciência'
14 comentários:
Parabéns!
Eu tb estou com o "projeto Marina", nessa e nas próximas eleições, em que ela me der a chance de votar em um novo modelo de fazer política, como nesta agora.
Abraço fraterno.
Marina é uma mulher inteligente, ponderada, cujo trabalho é reconhecido inclusive para além das fronteiras do país, além de ser o retrato da mulher brasileira que precisa lutar muito para conquistar seu lugar numa sociedade que ainda subjuga-se com certa facilidade a conceitos pré-estabelecidos.
Não se pode imaginar que alguém que passou por tantas dificuldades para chegar com mérito indiscutível onde chegou pense de modo tão retrógrado. Por detrás da aparência frágil que muitos criticam, está uma mulher muito forte, honesta e determinada, como prova a sua história. Não existe uma denúncia, uma sujeirinha a ser varrida para debaixo do seu tapete porque ela dispensa tapetes. Não há "rabo" onde pisar, daí a necessidade da criação de historinhas para tentar denegrir sua imagem.
Marina segue em sua campanha como em sua vida, de modo digno e sem qualquer respaldo de imenso vulto pessoal ou material. Ela, respaldada nela e no seu desejo sincero de um país mais solidário, mais humano, mais justo.
Meu senso de responsabilidade e meu coração me levam a votar em Marina.
Bjs, Dade. Bom fim de semana. Inté!
ps - estou com dificuldades para postar o comentário. Espero conseguir agora; minha terceira tentativa.
Bom conhecer você, Eurico. Marina é uma opção que não nos acontece sempre.
Um grande abraço.
Ótimo conhecer sua escolha, Ju. Uma pessoa lúcida, com posicionamento político adequado a nossa realidade, só pode mesmo optar por Marina.
Beijo grande.
Meu voto é dela... mas, devo reconhecer, carece de um bom trabalho de 'marketeiro'... poxa, ela tem uma história de vida belíssima, que poderia tocar a todos os brasileiros, pra além da capacidade que ela, de fato, tem... academicamente tendo feito mais do que o Serra [teoricamente o mais preparado]... mas isto foi sub-aproveitado [ou nem foi] na campanha dela... acho bobagem esse purismo puritano... joga-se o jogo com as cartas que temos... Lulinha paz e amor tá aí pra provar isso... :/
Tem razão, Francisco. De qualquer modo, eu ficaria muito feliz se Marina fosse para o segundo turno. Ela é, de longe, a melhor candidata à presidência.
Abraço pra você.
A comunicação social é muito parcial em muitos assuntos e em muitos países.
Buscam o sensacionalismo fácil e adoram dizer mal das pessoas só para aumentarem as vendas.
Beijos, querida amiga.
Tem toda razão, Nílson.
Sempre um prazer ver você por aqui.
Um beijo.
Quanto a Marina, ainda não sei não - estou pensando =) Mas do Lenine eu gosto e muito.
bjsss
Kelly
Kelly, então vamos ouvir juntas.
Beijo grande pra você.
Coincidentemente ouvi a Marina sua opinião sobre estes três assunto e ela é bastante clara no seu posicionamento como pessoa e como as questões devem ser encaradas de maneira prática pela sociedade. No Brasil, colocam religião como ingrediente de qualquer questão e depois querem culpar os protestantes pela falta de ordenamento jurídico, oras!!
Dade; eu passei a conhecer melhor e respeitar Marina exatamente durante a campanha. Estou rezando pra que haja um segundo turno. Não consigo admitir que tanta roubalheira seja premiada com uma vitória. Beijos.
É isso, Luma. A Marina está sendo desprestigiada por adversários que dizem que ela é uma fanática ou então que só valoriza a região dela e o estado onde nasceu. Nada disso é verdade. Basta ouvir seu discurso.
Beijo pra você.
Pois é, Nanda. Acho que cada vez mais brasileiros estão inconformados com essa impunidade para políticos desonestos. Vamos dar um pau neles!
Beijão.
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