Às vezes fico pensando se a poesia japonesa, sempre tão delicada e contemplativa, não será o antídoto contra o sentimento de culpa que parece marcar a vida dos nipônicos. Isso não diminuiria em nada o valor dos poemas, ao contrário. É que os opostos se atraem mais do que supomos à primeira vista. Rigor e uma certa repressão, que me parecem constantes naquela ilha (me corrijam se eu estiver errada), talvez resultem – que bom – em sensibilidade à flor da pele no uso das palavras da poesia.
sexta-feira
Poesia e repressão - ou não?
Às vezes fico pensando se a poesia japonesa, sempre tão delicada e contemplativa, não será o antídoto contra o sentimento de culpa que parece marcar a vida dos nipônicos. Isso não diminuiria em nada o valor dos poemas, ao contrário. É que os opostos se atraem mais do que supomos à primeira vista. Rigor e uma certa repressão, que me parecem constantes naquela ilha (me corrijam se eu estiver errada), talvez resultem – que bom – em sensibilidade à flor da pele no uso das palavras da poesia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
12 comentários:
que ideia bonita. uma crítica que é uma troca poética.
um beijo.
p.s. qto a liberdade, do drummond, sentir-se amarrado pelo ar, não deve ser fácil. né.
e homem seria livre
não fosse a palavra liberdade.
Dade!
Eu concordo. Talvez a salvação do povo esteja aí.
A contemplação sempre versou bem em poesia.
Apoio!
Beijos
Mirze
Devem ter uma grande sensibilidade para a poesia, já que a vida deles não é nada poética... mas sim automatizada!
o universo japonês é um enigma estético indecifrável para mim.
beijoss
As palavras mudam mesmo as coisas, Dani. Mas não sei bem se no caso da liberdade isso aconteceria. O sentimento ou significado da liberdade não deixaria de existir por isso.
Beijo beijo.
Quem pode saber exatamente, Mirze? É uma suposição, talvez tenha fundamento.
Beijo grande.
Sim, mfc, acredito que essa vida automatizada deixe uma enorme carência nas pessoas.
Beijo pra você.
Difícil pra nós, do lado de cá, entendermos bem o que se vive do lado de lá. Nos limitamos a imaginar.
Beijo beijo.
Arrisco-me a dizer que está nos genes. A mim me faltou a poesia. Por isso não tenho válvula de escape.
Bj Dade.
Você entende melhor do que ninguém esse fenômeno, Chorik, e provavelmente está certo - está nos genes.
Beijo.
Gostei muito dessa observação... no meio de tanta tecnologia, onde está a poesia?
Um beijo imenso!
Postar um comentário