Peticov. Caminhos cruzados.
Uma janela sem paisagem
sonha com tudo que não pode ver
: são mares
luzes longe
o sol
escorregando pelo dorso do mundo.
Se alguma folha cruza o ar
essa janela pensa florestas.
Se ouve uma gota
escuta a chuva
e sua nesga de céu
é o infinito.
Janela sem paisagem
queria tanto ver a estrela da manhã
na luz inda indecisa
da madrugada.
6 comentários:
Janela humanizada, sem paisagem como acontece com tantos de nós.
Beijo e carinho, Dade.
Belo poema, Dade. O poema abriu várias janelas para mim, fico aqui a imaginá-las. Abraços!
Regina, não saberíamos da janela se não acontecesse com a gente.
Beijo beijo.
Obrigada, Rafael.
Um abração.
Que coisa encantadora, Dade.
Todo mundo tem fases de janela sem paisagem, às vezes extensas e sofridas. Eu mesma já tive as minhas e senti cada palavra dita. Que sensibilidade delicada.
Gostei demais.
Beijokas.
Lua, é sempre muito bom receber um comentário seu.
Obrigada e beijos.
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