· Durante duas semanas deixo de ler jornais e revistas, não vejo mais noticiário de tv nem quero saber das notícias de política e polícia, muito menos das que misturam as duas e que são cada vez mais frequentes. Estou louca pra ver se isso muda alguma coisa na minha cabeça. Se mudar pra melhor, repito a dose. Alienação? No, babies. Entrei num período de desintoxicação mental.
·
Afinal, penso o pensamento de quem? Se é o meu
mesmo, por que tem tanta influência dos outros? Se não é meu, como se explica
que eu, e não outro, diga o que acho que penso? Às vezes fico assombrada com a
uniformidade de determinados discursos. Vivemos à sombra de um emaranhado de
idéias e pontos de vista ditados por interesses que não conhecemos e não são os
nossos. Não dá pra confundir gestos e atitudes impulsivas com opiniões
próprias.
·
Uma coisa que me deixa cabreira é a diferença
entre o que de fato acontece na vida real e o que chega a nosso conhecimento
via mídia. Aderimos um pouco sem sentir à opinião de um ou outro colunista que
admiramos, pelo que sabemos dele e por suas idéias. Até aí, tudo bem. Mas
parece que isso tem um efeito cumulativo. Acabamos nos condicionando a pensar
pela cabeça dos outros, o que não se recomenda, por melhores que os outros sejam.
3 comentários:
Perfeito!
Há 10 anos não leio jornal, não vejo televisão; meu pai ficou apavorado com isto, mas estava cheia de ser manipulada. Hoje estou super bem.
Quis ter essa experiência e acho que lucrei com isto!
Ótimo, Dade!
Beijos
Mirze
Tipo de coisa bem pessoal. Mas às vezes é bom sair do circuito por um tempo.
Beijo, Mirze.
desligar do mundo não como ele é mas como no-lo servem à mesa, faço-o uma vez por outra, até para me recordar do que de melhor vivi, quando ainda criança. depois, depois... o oxigénio que hoje me corre nos pulmões não é tão límpido quanto o de outrora, razão por que acabo por passar no quiosque ou ligar o botão on.
beijinho, querida amiga!
Postar um comentário