"Quando Nikos Kazantsakis tentou começar a escrever Zorba, o Grego, expressou assim sua frustração com a forma:
Eu escrevia, e riscava tudo. Não conseguia encontrar palavras adequadas. Algumas vezes, elas eram baças e sem alma; algumas indecentemente extravagantes, outras vezes abstratas e etéreas, sem um corpo cálido. Eu sabia o que planejava dizer quando me colocava diante do papel, mas as palavras indômitas me arrastavam para outro lugar... Percebi que ainda não chegara a hora, que a metamorfose secreta dentro da semente ainda não fora contemplada, e assim, parei (citado em Malville, 1975, p.81).
Kazantsakis teve de parar de escrever até ter novos microinsights e o subsequente jogo emaranhado entre ideia e forma.
Em resumo, o processo criativo é o encontro entre o ego e o self quântico, revelando-se como o jogo alternado entre informação e comunicação, transpiração e inspiração, forma e ideia (Figura 11.2). O versos de Rabindranath Tagore (1976, p. 34), a seguir, resumem todos esses aspectos do encontro criativo com perfeição milimétrica:
A melodia procura prender-se no ritmo,
enquanto o ritmo flui de volta para a melodia.
A ideia procura seu corpo na forma
e a forma sua liberdade na ideia.
O infinito procura o toque do finito
e o finito sua liberdade no infinito.
Que drama é esse entre criação e destruição –
essa oscilação infindável entre ideia e forma?
A servidão luta para obter a liberdade
e a liberdade procura repouso na servidão."
De Zorba, o filme
Outros vídeos de Zorba.
6 comentários:
Muito bom, Dade...Postei no FB.
Beijos,
Um blog excelente, Dade.
Bjs mil!
Grata pela visita, Tania amiga.
Beijo grande.
Analu, adorei você aqui também.
Beijos.
A busca da perfeição é um dos designios do ser humano!
Beijos meus,
AL
Sim, é verdade.
Obrigada pela presença valiosa aqui no Umbigo.
Beijo.
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