Foto JB online.Um imenso carnaval pra cada um de nós - ado, ado, ado, cada um muito feliz no seu quadrado!
Amiga de primeira horaRecebi da
Beta o selinho e a tarefa de contar seis fatos e/ou confissões aleatórias sobre mim.
Então, lá vai:
1. Gente, e os convites para sites de chat que chegam todo dia no e-mail da gente? Em geral vêm em nome de alguém de nossa lista que não é o autor da mensagem. O que mais chateia é o tom invasivo e falsamente descontraído desse tipo de marketing.
Dá dinheiro, captar adeptos para um chat? Mesmo sendo de graça?
Deve ser um caminho para oferecer produtos supérfluos, serviços que ninguém pediu e outras mercadorias perfunctórias, esse tipo de mídia eletrônica onde piscam mil e um patrocínios de construtoras, lojas, hotéis, carros, utilidades, inutilidades, garotos(as) de programa ou amigos, que em certos casos pagam para se ofertar via internet.
2. Cada vez mais forças externas tentam dirigir os atos que deveriam ser de iniciativa exclusiva de cada um, o que lembra muito a história de
1984, de George Orwell. Ontem, revendo
Zorba, o Grego (que filme!), e vendo os camponeses de Creta esperando a morte de Hortense para saquear sua casa, pensava na analogia entre aquela cena e a constante intrusão de empresas e pessoas que insistem em nos convencer de que o melhor para nós é o que eles querem – e eles sempre querem nosso dinheiro e nossa submissão para fomentar seu poder.
3. Este mundo às vezes parece um grande manicômio. Outro dia um intelectual dos mais conhecidos e respeitados, de vida pessoal acima de qualquer suspeita, perguntava: “Se eu não curtir mulheres negras, sou racista por isso? E se não curtir louras, também serei tachado de racista? Se não gostar de abacate, cometo algum deslize do ponto de vista da nutrologia?” Tradução: a famosa expressão “politicamente correto”, que em princípio deveria servir para evitar ideias e termos ofensivos a algum setor da sociedade, virou instrumento de pressão sobre as escolhas pessoais e/ou ferramenta do mercado para vender o que nos empurram, com a desculpa de que é útil à arte de bem viver. Aqui, ó.
4. Falando de gosto pessoal e politicamente correto, faço logo uma confissão que pode abalar a auto-estima de algum fisioterapeuta ou cardiologista mandão: sou muito preguiçosa para exercícios físicos (embora não tenha outro jeito senão fazer algum, como já demonstrou João Ubaldo Ribeiro). Adoro uma rede, durmo até tarde e esqueço do tempo batendo um bom papo, lendo, escrevendo, diante de um bom filme ou do computador, o que traduz uma vida sedentária e provavelmente uma mentalidade lamentável. Agito só o mínimo necessário para não enferrujar muito – ainda bem que não fiquei obesa. Em outros tempos, dancei bastante – adoro dançar e ver dançar (Zorba, de novo!), mas agora ouço mais do que danço. Espero não dançar por isso.
5. Acho que viver muito pode não ser viver da melhor maneira. Nesse particular, como em muitos outros, a qualidade é incomparavelmente superior à quantidade. O ideal é juntar as duas – mas, diferente do sol, o ideal não nasce para todos.
6. Acho a paciência um traço de personalidade de dar inveja. As melhores pessoas que conheci, as que me ensinaram alguma coisa de muito bom, são pacientes. O amor e as crianças precisam muito de paciência pra crescer e ficar fortes. Não tem nada a ver com lerdeza, alienação ou indiferença. Ser paciente é saber das coisas, estar atento ao que se passa em volta e se tocar do que os outros estão fazendo e sentindo, sempre. Gosto muito de gente assim (Zorba, de novo! Não tem jeito: hoje Zorba Quinn é meu personagem mais querido).
Dizem as regras que se indiquem seis blogueiros para participarem, publicando eles também o selo que identifica a brincadeira. Então sugiro os nomes:
Ana Luísa Kaminski,
Jacinta Dantas, Nanda, do
Idade da Pedra,
Constança Lucas
,
Ery Roberto e
Andrea Augusto, sempre lembrando que a indicação é leve, leve como uma borboletinha :), até porque, como disse um dia o Chico Buarque, "mas é carnaval, não me diga mais quem é você..."